Subscribe News Feed Subscribe Comments

Buk!







"O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece.”

Charles Bukowski

De alguma forma, quando tenho em mãos um livro seu, eu mudo. Acho que perco todas as correntes e todo o pudor. É incrível como ele te convence indiretamente a ser você mesmo, e que danem-se os que odiarem a sua essência.

Nasceu em Andernach, na Alemanha, a 16 de agosto de 1920, filho de um soldado americano e de uma jovem alemã. Aos três anos de idade, foi levado aos Estados Unidos pelos pais. Criou-se em meio à pobreza de Los Angeles, cidade onde morou por cinquenta anos, escrevendo e embriagando-se. Publicou seu primeiro conto em 1944, aos 24 anos de idade. Só aos 35 anos é que começou a publicar poesias. Foi internado diversas vezes com crises de hemorragia e outras disfunções geradas pelo abuso do álcool e do cigarro. Durante a vida, ganhou certa notoriedade com contos publicados pelos jornais alternativos Open City e Nola Express, mas precisou buscar outros meios de sustento: trabalhou 14 anos nos Correios. Casou, se separou e teve uma filha. É considerado o último escritor "maldito" da literatura norte-americana, uma espécie de autor beat honorário, embora nunca tenha se associado com outros representantes beat, como Jack Kerouac e Allen Ginsberg.
Sua literatura é de caráter extremamente autobiográfico, e nela abundam temas e personagens marginais, como prostitutas, sexo, alcoolismo, ressacas, corridas de cavalos, pessoas miseráveis e experiências escatológicas. De estilo extremamente livre e imediatista, na obra de Bukowski não transparecem demasiadas preocupações estruturais. Dotado de um senso de humor ferino, auto-irônico e cáustico, ele foi comparado a Henry Miller, Louis-Ferdinand Céline e Ernest Hemingway.
Ao longo de sua vida, publicou mais de 45 livros de poesia e prosa. São seis os seus romances: Cartas na rua (1971), Factótum (1975 - L&PM POCKET, 2007), Mulheres (1978), Misto-quente (1982 - L&PM POCKET, 2006), Hollywood (1989 - L&PM POCKET, 2000) e Pulp (1994, L&PM Editores, 1995). Bukowski publicou em vida oito livros de contos e histórias: Ereções, ejaculações e exibicionismos (1972) - que no Brasil foi publicado em dois volumes, Crônica de um amor louco e Fabulário geral do delírio cotidiano (L&PM POCKET, 2006) - , South of No North: Stories of Buried Life (1973), Tales of Ordinary Madness (1983), Hot Water Music (1983), Bring Me Your Love (1983), Numa fria (1983), There´s No Business (1984) e Septuagenarian Stew (1990). Seus livros de poesias são mais de trinta, entre os quais Flower, Fist and Bestial Wail (1960), You Get So Alone at Times that It Just Makes Sense (1996), sendo que a maioria permanece inédita no Brasil. Várias antologias, além de livros de poemas, cartas e histórias foram publicados postumamente.

Sinopse da Biografia:


CHARLES BUKOWSKI

VIDA E LOUCURAS DE UM VELHO SAFADO
Schiller, Rimbaud, Baudelaire, D¹Anunzio, Hemingway, Kerouac. Cada nova geração com seu escritor-herói. Mas a gloriosa linhagem parecia já estar superada pelos cantores-heróis e os jornalistas-heróis, quando surgiu um velho barrigudo, feio, deselegante, desbocado e bêbado chamado Charles Bukowski. Esse senhor transformou-se no herói de uma geração de jovens que chegou aos livros nos anos 70 e 80.
Bukowski ganhou admiradores como Norman Mailer e Henri Miller, foi transformado em quadrinhos por Robert Crumb e virou filme na Europa. Hollywood viu dois astros (Mickey R
ourke e Sean Pean) disputando a glória de ser Bukowski nas telas. E o que o escritor fez para tanto? Descreveu a própria vida da maneira mais crua que lhe foi possível.
Por isso, o trabalho do jornalista inglês Howard Sounes ao escrever uma biog
rafia do escritor poderia ser um tanto redundante. Mas o fato é que Charles Bukowski ­ Vida e Loucuras de um Velho Safado resultou em um livro emocionante. "Uma leitura deliciosa" segundo o The Times. "Maravilhoso" disse a Time Out. "Um relato extraordinário" disse o The Glasgow Herald.
Sounes foi a fundo, falou com quase todos os amigos, amantes, companheiros de copo e familiares do escritor. Teve acesso a correspondência íntima de Bukowski e aos seus trabalhos inéditos.
"O material", diz o autor, "era tão rico que decidi fazer uma narrativa que pudesse ser lida, antes de mais nada, como uma boa história. A vida de Bukowski é uma história extraordinária, algumas vezes triste, muitas outras bastante divertida. Um exemplo magnífico de um pobre diabo superando adversidades."
E Sounes conseguiu recuperar a história que esteve por trás dos contos e poesias escritas pelo Velho Safado. "Sua força está em revitalizar, ao invés de diminuir, a obra de Bukowski: poemas e histórias que ajudam a manter as pessoas vivas", diz o The Independent.
Howard Sounes nasceu na Inglaterra, em 1965. Mora em Londres, onde trabalha como jornalista e está escrevendo uma biografia de Bob Dylan.

"Sentia-me contente por não estar apaixonado, por não estar
contente com o mundo. Gosto de estar em desacordo com tudo. As pessoas apaixonadas tornam-se muitas vezes susceptíveis, perigosas. Perdem o sentido da realidade. Perdem o sentido de humor. Tornam-se nervosas, psicóticas, chatas. Tornam-se, mesmo, assassinas."



"Nunca me senti só. Gosto de estar comigo mesmo. Sou a melhor forma de entretenimento que posso encontrar.”

Charles Bukowski




(Em inlgês)



Livros do titio Buk:


*Delírios Cotidianos (em quadrinhos)
*Mulheres
*Misto Quente (alternativo)


Post dedicado a Victor Dourado. Dividimos esse vício de beber Bukowski em noites de solidão.

Próximo post: Marina Colasanti

0 opiniões:

Postar um comentário

 
TNB